O Cineclube Cândido Aragonez de Faria faz parte da rede de Salas de Cinema em Cidades Históricas, uma iniciativa da Secretaria do Audiovisual (Ministério da Cultura) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Em Laranjeiras, a ideia foi acolhida pela Prefeitura Municipal, que disponibilizou o espaço de exibição e tem gerido a implantação do projeto, viabilizando sua existência.
As exibições ocorrem toda sexta-feira no Posto de Informações Turísticas de Laranjeiras, localizado a Praça Samuel de Oliveira, 241, Centro, em dois horários: às 15h30 com a sessão infantil e às 18h com a sessão noturna. O espaço também está disponível para escolas realizarem atividades culturais e educacionais.
O objetivo da rede é ampliar o acesso da população brasileira à produção audiovisual de qualidade, em condições adequadas de exibição. O debate sobre os filmes é parte fundamental das sessões, porque incentiva a reflexão coletiva e democrática sobre o conteúdo exibido. Com a iniciativa, Laranjeiras volta a ter um espaço de exibição audiovisual, o que não acontecia desde o fechamento do Cine Íris, na década de 1970.
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| Cândido Aragonez de Faria (1849-1911) |
O Cineclube homenageia, em seu nome, Cândido Aragonez de Faria, artista plástico laranjeirense nascido em 1849, que teve papel singular na história do cinema. Após estudar na Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e trabalhar como chargista, caricaturista e professor de desenho, a partir de 1882 Cândido se estabeleceu em Paris. Lá, criou cartazes para teatro, concertos, circo e, em 1902, produziu o primeiro cartaz da história do cinema, para o filme Les victimes de l'alcoolisme, da célebre Societé Pathé Frères, utilizando a técnica da litografia colorida. Até sua morte, em 1911, Cândido seguiu produzindo uma série de obras do gênero.

